Após a saída de Otávio, o ambiente pareceu de repente mais silencioso e um pouco menos pesado. Eu estava ainda com a sensação de ter me envolvido demais na conversa que tivemos, como se o toque de suas palavras tivesse se cravado de forma mais profunda do que eu esperava. Mas antes que eu pudesse processar totalmente o que ele havia dito, Ana se aproximou de mim com seu jeito sereno e tranquilo, mas com uma expressão que eu não soube identificar imediatamente.
Ela se sentou ao meu lado, olhando para o ponto onde Otávio havia acabado de sair, e então se virou para mim. Sua voz, suave e calmante como sempre, soou um pouco mais incisiva do que o normal.
— Marina... — Ela começou, com um tom que me deixou um pouco desconfortável. — Talvez fosse melhor você se concen