—Não devia ter vindo… Arthur, assim que me vir, vai me bater ou me ignorar. —Daniel dizia, inseguro, enquanto ele e Darius ficavam diante da academia de balé, um prédio branco com janelas arqueadas onde Isabel trabalhava como professora de dança.
O vento agitou seu cabelo loiro e ele se ajustou ao casaco, como se pudesse protegê-lo do reencontro que tanto temia.
—Pois já é tarde demais para arrependimento, porque acho que ela é quem está chutando aquela bicicleta lá na outra calçada. —Disse Darius apontando para a morena de olhos oliva e bochechas coradas, descontando sua frustração acumulada contra a bicicleta estacionada junto ao meio-fio.
Seus movimentos eram brutos, quase mecânicos, como se cada chute fosse um suspiro engasgado de raiva contida.
Arthur chegou caminhando com passos firmes, o olhar claro fixado no irmão mais novo.
—Darius, filho, é hora de irmos. O tio Dan tem assuntos pende