A primeira luz da manhã entrava suavemente pelas janelas altas da câmara da Luna. A cortina de linho branco tremulava com a brisa leve, e o aroma de lavanda e flores frescas ainda pairava no ar.
Clarice abriu os olhos devagar, sentindo os lençóis macios sob seu corpo. Durante alguns segundos, pensou estar de volta ao quarto em Arkhadia — silencioso, seguro, seu — até que o cheiro da madeira encerada, da pedra fria e do vento que soprava das montanhas a trouxe de volta.
Thunderwoof.
Ela se sentou na cama com calma, deixando os pés tocarem o tapete felpudo. A luz dourada tocava sua pele como um sussurro de boas-vindas, e o silêncio era acolhedor, não opressor.
*** Clear, você sente, tudo está diferente hoje... disse Lyanna, despertando com energia pulsante. *** É como se estivéssemos conectadas a cada folha, cada respiração dessa casa.
Clarice franziu as sobrancelhas, intrigada.
*** Eu também sinto. É como se... como se tudo me reconhecesse.
*** Como se já fôssemos Luna. Já marcadas. Já