A festa seguia como um rio que não queria parar de correr. As mesas estavam fartas, o hidromel circulava sem descanso, e as tochas espalhadas pelo pátio projetavam luz dourada sobre os rostos animados dos lobos e dos convidados vindos de longe. Risos ecoavam por toda parte, misturados ao som grave e constante dos tambores que marcavam o compasso da noite.
O ar estava impregnado pelo cheiro de carne assada, especiarias e pelo perfume da floresta que vinha com a brisa fria. Em meio a tudo isso, eu ainda estava cercada por cumprimentos, abraços e palavras que, aos poucos, se misturavam num único murmúrio indistinto. Guerreiros levantavam copos para brindar comigo, outros vinham me agradecer pelo treinamento que receberam, e até alguns jovens da matilha se aproximavam só para dizer que queriam lutar como eu um dia.
Ares permanecia por perto, sempre a uma distância que lhe permitia intervir, mas havia algo diferente nele. Não era mais o sorriso orgulhoso que exibira durante a cerimônia, ne