Capítulo 167

Clarice abriu os olhos devagar.

A primeira coisa que viu foi o rosto de Ares.

Ele estava em pé, à sua frente, perto da cama. Vestia a túnica escura de comando, os olhos fixos nela com uma mistura de alívio e atenção. Mas havia algo… estranho.

Ela sorriu, aliviada, mas depois franziu o cenho.

Por que ele estava de pé?

— Ares…? — murmurou, confusa.

Ele se aproximou, a voz baixa e gentil.

— Desculpa te acordar, querida… tivemos movimentações do lado leste da matilha. Achei que devia saber.

Ela piscou algumas vezes, olhando ao redor.

A cama.

As janelas de madeira.

O perfume do quarto de Ares — agora, também o dela.

Mas… não era o templo. Não era Arkhadia.

Ela se ergueu sobre os cotovelos, o rosto confuso.

— Como… como vim parar aqui? Não estávamos no templo?

Ares sentou-se ao lado dela, a mão quente pousando sobre a coxa dela com cuidado.

— Do que está falando, Clarice?

Ela o olhou com olhos marejados e aflitos.

— Nós… estávamos em Arkhadia. No templo das runas. Eu vi o véu… selei o selo.
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