Clarice abriu os olhos devagar.
A primeira coisa que viu foi o rosto de Ares.
Ele estava em pé, à sua frente, perto da cama. Vestia a túnica escura de comando, os olhos fixos nela com uma mistura de alívio e atenção. Mas havia algo… estranho.
Ela sorriu, aliviada, mas depois franziu o cenho.
Por que ele estava de pé?
— Ares…? — murmurou, confusa.
Ele se aproximou, a voz baixa e gentil.
— Desculpa te acordar, querida… tivemos movimentações do lado leste da matilha. Achei que devia saber.
Ela piscou algumas vezes, olhando ao redor.
A cama.
As janelas de madeira.
O perfume do quarto de Ares — agora, também o dela.
Mas… não era o templo. Não era Arkhadia.
Ela se ergueu sobre os cotovelos, o rosto confuso.
— Como… como vim parar aqui? Não estávamos no templo?
Ares sentou-se ao lado dela, a mão quente pousando sobre a coxa dela com cuidado.
— Do que está falando, Clarice?
Ela o olhou com olhos marejados e aflitos.
— Nós… estávamos em Arkhadia. No templo das runas. Eu vi o véu… selei o selo.