O altar do Véu Sagrado havia sido selado novamente com runas de contenção, mas o chão ao redor ainda respirava — não como terra viva, e sim como algo ferido. O círculo de obsidiana, antes intacto, agora apresentava rachaduras em forma de raízes invertidas, e a energia que dele brotava era irregular, como um coração fora de compasso.
Clarice permanecia em pé diante dos fragmentos da pedra. Vestia roupas simples, os pés ainda marcados pelo ritual, e o ombro esquerdo envolto por uma atadura com símbolos protetores. Mas nada conseguia conter a ardência que pulsava sob a pele — a cicatriz que não vinha de fora, mas de dentro.
Ares estava ao seu lado. Silencioso. Vigilante. Como sombra que respira em harmonia com a luz.
Idran se aproximou devagar, segurando o mapa sagrado com ambas as mãos. As linhas antes prateadas agora oscilavam entre cinza e vermelho. Um fluxo novo havia surgido — um ponto escuro no sul, onde antes havia apenas silêncio.
— O mapa reagiu. — disse Idran. — Mas não apenas