A noite caiu como uma mortalha sobre a vila, pesada e sem estrelas. As fogueiras ardiam silenciosas, mas nenhum dos guerreiros se reunia ao redor delas para contar histórias ou rir. Havia um peso no ar, algo que apertava os corações e os fazia olhar por cima do ombro com frequência. Ares e Clarice caminharam juntos até o centro do círculo rúnico principal, onde Idran, Kaelen e os anciãos os esperavam.
— Nenhuma ruptura na barreira mágica até agora — disse Idran, olhando os traços brilhantes no solo. — Mas os símbolos começaram a pulsar por conta própria, como se estivessem respondendo a algo... ou alguém.
Clarice se ajoelhou diante das runas centrais e tocou a terra.
O calor sob seus dedos não vinha do fogo. Era antigo. Selvagem.
Como se a própria terra estivesse despertando, febril.
— Isso é magia de raiz. — murmurou Lyanna. — Não é obra de um feiticeiro comum. Algo muito mais profundo se move sob nossos pés.
Clarice ergueu o olhar para Idran.
— O que os registros dizem sobre o lobo