O silêncio que pairava sobre a vila ancestral não era de paz — era o tipo de silêncio que vem depois do grito, depois da explosão, depois da dor.
O chão ainda estava quente onde a criatura havia sido destruída. As runas queimadas tremeluziam sob as pedras como brasas quase apagadas. A fumaça subia lentamente do santuário, onde os ecos da batalha ainda pareciam sussurrar.
Clarice se ajoelhou diante da espada cravada no altar de pedra. O fio da lâmina pulsava com uma luz pálida, como se a própria Arkhadia estivesse dormindo em seu metal. Lyanna, em silêncio dentro dela, ainda sentia a reverberação do choque — não do corpo, mas da alma.
Ares estava próximo, quieto.
Ele observava Clarice com os olhos ainda escuros, o sangue seco sobre a têmpora, a respiração pesada. Grendor também se mantinha em silêncio, mas atento, como se farejasse um novo perigo que ainda não se manifestara.
Kaelen apareceu na entrada do santuário, mancando, com o braço enfaixado.
— As laterais foram limpas. Os corpos