A trilha estreitava-se a cada passo.
Galhos retorcidos, cobertos de musgo antigo, se fechavam como garras sobre a cabeça do grupo. O vento não soprava ali. Não de verdade. Era um sussurro irregular, como se as árvores respirassem com o peso de memórias antigas demais para serem humanas.
Clarice caminhava à frente.
Seus olhos não enxergavam apenas o caminho. Eles viam as linhas que serpenteavam sob a terra — caminhos de energia esquecida, pulsando devagar, como veias de uma criatura adormecida. O chão parecia ressoar sob seus pés, reconhecendo-a.
— Sente isso? — perguntou ela em voz baixa.
Sim. Eles sabem que voltamos. — murmurou Lyanna dentro dela. Ou que você voltou.
Ares manteve a formação ao lado, atento ao menor sinal de movimento. Nara seguia logo atrás, arco pronto, olhos arregalados por trás da tensão. Kaelen não falava — seu silêncio era de um guerreiro que conhecia o peso do desconhecido.
O grupo parou diante de um rio negro.
A água fluía sem brilho, como óleo. Nenhum som de