A alvorada chegou sem aviso.
Não havia pássaros cantando, nem o som costumeiro dos guerreiros despertando com os primeiros raios do sol. O céu, cinzento e pesado, parecia refletir o estado da matilha: em alerta, em silêncio... e com medo.
Clarice já estava em pé antes mesmo do sol tocar as muralhas.
Vestia trajes leves, próprios para mobilidade, mas com o manto de comandante firme sobre os ombros. Do lado de fora da torre central, Ares e Kaelen aguardavam. Um grupo de elite já estava reunido, pronto para partir.
— Os túneis antigos sob o setor oeste serão abertos agora — disse Kaelen, entregando o mapa empoeirado nas mãos de Ares. — Os registros estavam incompletos, mas Idran ajudou a decifrar algumas marcas de passagem. E sim... Idris foi visto lá dentro há duas luas.
Ares rosnou baixinho.
— Então ele vai nos mostrar o caminho. Nem que seja arrastado.
Clarice se aproximou. — E se ele não souber de tudo?
— Alguém sabe. E nós vamos descobrir quem. — respondeu o Alfa, seco. — Hoje, a so