Capítulo 106

O vento havia mudado.

Não era mais apenas uma brisa cortante entre as montanhas. Era como se o ar carregasse vozes esquecidas, sussurrando em línguas antigas que apenas o coração podia entender.

Clarice caminhava em silêncio pela trilha que serpenteava entre as colinas sombrias. A floresta ao redor parecia ter parado de respirar desde a manifestação da criatura na fenda. Nem os pássaros ousavam cantar.

Ares estava ao seu lado.

Ele não disse nada desde que partiram, mas seus olhos não deixavam Clarice nem por um segundo. Estava alerta, mais do que o habitual. Como se, de algum modo, já soubesse que aquela jornada seria diferente de todas.

Nara e Kaelen vinham logo atrás, com outros dois guerreiros. Os farejadores haviam retornado à base para reforçar a segurança da matilha. A partir dali, seria apenas o grupo original.

Clarice parou diante de uma árvore de tronco prateado e folhas acinzentadas. Ela se ajoelhou. Abaixo da raiz retorcida, entre musgos antigos, havia um símbolo esculpido
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