Capítulo 103

A arena ainda pulsava sob os ecos da última proclamação.

O nome de Clear de Arkhadia havia sido uivado por centenas, reverberando pelas árvores, telhados e até mesmo pelos corações que antes hesitavam em reconhecê-la.

Mas agora...

Agora havia um silêncio estranho no ar.

Um tipo de vazio que não se preenchia com vozes — apenas com pressentimentos.

Clarice permanecia de pé no centro da arena, com os cabelos presos por uma fita ensanguentada e a respiração pesada. O manto de comandante cobria parte do corpo, mas os olhos... os olhos estavam nus. Carregavam a clareza da loba prateada e a desconfiança da filha da Deusa.

Kaelen se aproximou, ainda em alerta.

— Toda a patrulha foi acionada. Vasculhamos os arredores da arena, os túneis sob o setor médico, a ala dos curandeiros. Não há vestígios.

— Nenhum traço de cheiro? — indagou Nara, tensa.

— Nada. Nem mesmo as pegadas da loba dourada. — respondeu Kaelen, franzindo a testa. — É como se ela tivesse sido apagada do mundo.

Clarice não respond
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