A manhã estava clara e fria, mas nada disso importava dentro do quarto.
Ares estava deitado de lado, apoiado no cotovelo, olhando para Clarice como se não tivesse visto nada mais fascinante na vida. Desde que a marcara, parecia que precisava vê-la o tempo todo para ter certeza de que ela estava ali, de que era dele.
Ela ainda estava enrolada nos lençóis, o cabelo solto caindo sobre o travesseiro, os lábios ligeiramente inchados das horas anteriores.
— Você está me olhando como se fosse me comer viva — ela murmurou, sorrindo, mas sem abrir totalmente os olhos.
— Errado — ele respondeu, a voz grave e baixa, aproximando-se para roçar o nariz no dela. — Estou te olhando como se quisesse te comer viva… de novo.
Ele não vai aguentar até a noite. Lyanna riu na mente dela.
Nem quero aguentar. Grendor respondeu prontamente, a voz carregada de fome.
Clarice deixou escapar uma risada, e Ares arqueou a sobrancelha.
— O que foi agora?
— Seus planos já foram entregues — ela disse, mordendo o lábio