Após a saída da polícia, os pensamentos de Helena continuavam fervilhando. Reviver o que passou naquela cabana não era nada fácil — e nem era necessário. A imagem do homem caído, inconsciente no chão da floresta, ainda a assombrava; a dúvida se ele estava morto ou não martelava em sua mente.
Mesmo sem ter planejado nada daquilo, ainda se perguntava — e temia — que, caso aquele homem estivesse morto, isso pudesse trazer complicações para ela. A queda havia sido um acidente. Tudo aconteceu enquanto tentava se defender. Não havia motivo para se preocupar… ao menos era o que tentava repetir para si.
Helena fechou os olhos e soltou um longo suspiro. Mais uma vez, deixou sua mente vagar até o dia do acidente de Alexander — o marco do início de sua ruína. A lembrança de vê-lo cuidando e protegendo Isabelle, como se ela tivesse arriscado a vida para salvá-lo, voltava com força. A verdade, no entanto, era outra: quem havia arriscado tudo — e perdido muito — foi ela.
— Ainda não entendo como a