Ali estava o hospital, e, na verdade, ela não gostava nem um pouco de estar em hospitais.
Esses lugares só traziam lembranças dolorosas.
— Você vai para a cama, eu fico no sofá.
Ângelo se acomodou no sofá. Não podia deixar uma mulher como ela dormir no sofá enquanto ele, um homem grande, fosse para a cama.
— Não, você é o paciente. Vai para a cama.
Vitória foi firme em sua decisão.
Os dois ficaram assim: um sentado no sofá, a outra em pé, à sua frente.
— Vai para a cama logo, já foi um dia cansativo.
Ela achava que o dia de hoje havia sido exaustivo. Acabara de voltar da Cidade A, passou a tarde inteira trabalhando e à noite ainda aconteceram tantas coisas.
— Ângelo, vai para a cama. — Ela insistiu.
— Está bem!
Ele sabia que não era fácil convencê-la.
Então, não teve outra escolha a não ser deitar-se na cama.
Quando finalmente se deitou, Vitória também se acomodou no sofá.
— Se sentir algo, me chame. Estou com sono.
Vitória fechou os olhos logo depois de dizer isso.
Estava real