AMÉLIA
— Você tá bem? — perguntou, segurando meu braço e me puxando para longe de Pesadelo e Maicon.
— Tô. — respondi, tentando sorrir para tranquilizar ela, mas minha voz tremia. — Vamos logo antes que ele mude de ideia.
Caminhamos em silêncio por alguns minutos, até que Liliana finalmente quebrou o silêncio.
— Amiga, você não devia ter falado com ele desse jeito. — disse, a voz baixa e preocupada. — Ele é perigoso, não dá pra brincar com isso, Amélia. É sério!
— Eu sei. — suspirei, sentindo um peso no peito. — Mas eu não posso deixar ele pensar que manda em mim. Não posso voltar a ser controlada por ninguém, nem por ele.
— Eu entendo você, mas olha o que aconteceu com o Deco… — lembrou.
— Por isso mesmo, Lili. Imagina o que ele é capaz de fazer só porque decidiu sozinho que eu sou dele, que eu devo explicações, que a gente tem algum tipo de relação.
— Que você é mulher dele. — adicionou e eu senti um arrepio.
— Eu pensei que ele era diferente, Lili. Que poderia… melhorar, sabe? E qu