AMÉLIA
Desde o encontro tenso com o homem estranho na loja, minha mente não conseguia parar de pensar nas possíveis implicações da mensagem ameaçadora que recebi.
Pesadelo não era o tipo de pessoa que deixava algo passar despercebido, e eu sabia que ele não ia deixar isso barato.
Mal consegui descansar quando ouvi uma batida firme na porta. Meu coração acelerou instantaneamente.
Só podia ser ele.
— Lili…
— Calma, amiga. Se for ele a gente dá um jeito. — tentou me deixar menos nervosa.
Liliana, que estava na cozinha, veio até a sala e abriu a porta.
— Cadê ela? — a voz de Pesadelo era baixa, mas carregada de uma intensidade que fez minha espinha gelar.
Liliana me olhou, e eu caminhei até a porta, tentando controlar o tremor nas minhas mãos. Quando finalmente apareci, o olhar de Pesadelo cravou m mim, como se estivesse me desafiando a mentir.
— É assim que você trabalha? — ele começou, sua voz baixa, mas cheia de tensão. — De papinho com um otário?
— Eu…
— Tá achando que isso é o quê, h