PESADELO
Andava pelas ruas da favela, sentindo os olhares dos moradores cravados em mim. Era como se o medo deles fosse uma sombra, sempre presente. O sangue de Deco ainda manchava minha camisa, lembrando a todos o que acontece com traidores. Os sussurros e olhares nervosos me cercavam, mas eu seguia em frente.
Era bom que soubessem o que esperar em caso de virem com trairagem.
A favela estava quieta. As luzes fracas iluminavam as vielas, e o som distante de música se misturava com o murmúrio das conversas baixas. Eu sabia que minha presença ali era uma mensagem clara: ninguém mexe com a organização e sai impune.
Cheguei ao carro e abri a porta, pronto pra ir embora. Foi quando ouvi a voz de Larissa.
— Ei, Pesadelo! — ela chamou, se aproximando com um olhar sugestivo. — Ouvi dizer que teve um problema com o Deco. Talvez eu possa te ajudar a relaxar, esfriar a cabeça do jeito que só eu sei.
Ela se aproximou ainda mais, passando as unhas pelo meu peito, tentando seduzir. Senti uma onda