PESADELO
O matadouro era um lugar de terror puro. As paredes escuras e sujas de sangue refletiam os gritos e gemidos de dor. Era um espaço onde ninguém queria estar, a não ser que fosse para fazer o trabalho sujo. O chão era frio e úmido, com manchas que contavam histórias horríveis de gente que sofreu ali.
Mas nada daquilo me incomodava, porque cada um que sofreu ali, mereceu.
Esse era o lugar certo para pessoas como Russo, malditos que teriam uma morte tão ruim quanto eles.
Entrei com Marreta, PH e Maicon ao meu lado e lá estava Russo, preso a uma cadeira, amarrado pelos pés e mãos. Exatamente como ele deixava a Amélia jogada naquele chão podre e imundo.
O corpo dele estava coberto de feridas abertas e hematomas. O infeliz parecia um rato encurralado, mas ainda tinha a audácia de me xingar.
— Você é um desgraçado, Pesadelo! — ele cuspiu, com a voz fraca mas cheia de ódio.
Dei uma risada debochada e o som frio ecoou pelo lugar.
Me aproximei dele, pegando seu rosto com brutalidade.
—