ARTHUR (PESADELO)
Quando cheguei ao topo das escadas, virei à direita e caminhei até o quarto de hóspedes. A porta estava entreaberta, e empurrei lentamente, tentando não fazer barulho.
Amélia estava deitada na cama, encolhida de lado e ela parecia completamente alheia ao meu movimento. Meu coração apertou vendo ela daquele jeito. Ela tinha passado por muito mais do que qualquer pessoa deveria suportar.
Aquilo só aumentava ainda mais o meu ódio por aquele desgraçado. Eu não ficaria totalmente em paz enquanto não matasse ele.
Entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim com cuidado. Caminhei até a cama, meus passos silenciosos, e me deitei ao lado dela, ficando atrás do seu corpo tão fragilizado.
— Amélia. — murmurei suavemente em seu ouvido.
Ela não reagiu imediatamente, mas vi seus ombros tensos relaxarem um pouco com o som da minha voz.
— Eu tô aqui agora, amor. — continuei, aproximando-me mais e passando um braço ao redor dela, puxando ela para mais perto de mim. — Vou cuidar de