Acordei com um vazio latejando em meu peito.
O lençol ainda guardava o calor do corpo de Damon, o cheiro dele impregnado em cada fibra, misturado ao suor e ao desejo da noite passada. Meus dedos deslizaram pela cama desfeita, buscando por ele no escuro — mas só encontrei o frio.
Levantei devagar, a pele nua arrepiada não apenas pela corrente de ar que entrava pela janela aberta, mas pela estranha sensação de estar sendo observada.
Chamei por ele em um sussurro.
Nada.
Vestindo apenas a camisa negra dele, que me chegava até a metade das coxas, abri a porta do quarto e me aventurei pelo corredor silencioso. O castelo parecia respirar, vivo nas sombras, cada pedra vibrando com ecos de antigos segredos.
O cheiro de Damon parecia guiá-la, fraco, como um vestígio deixado para trás às pressas.
Desci degraus de pedra, as tábuas rangendo sob meus pés descalços, até que um corredor estreito e mergulhado na penumbra se abriu à minha frente. Um corredor onde a luz era engolida por som