O silêncio que ficou após a saída de Ravik parecia ainda mais pesado que sua presença. Damon estava de pé, de costas para mim, os punhos cerrados ao lado do corpo, como se lutasse contra algo dentro de si. Eu deveria estar com medo. E estava. Mas também havia algo mais... algo quente, rastejando por debaixo da pele, como se meu corpo estivesse sintonizado com o dele, apesar da minha mente gritar por distância.
— Ele queria me matar, não é? — minha voz saiu baixa, quase um sussurro.
Damon se virou lentamente, os olhos vermelhos como brasas em brasa. Seus passos ecoaram pelo salão de pedra até que ele parou diante de mim, sem tocar, mas perto o suficiente para que eu sentisse o calor que emanava dele.
— Provavelmente — respondeu, sem rodeios. — Ravik não perdoa falhas. Nem surpresas.
— E eu sou o quê? Uma falha ou uma surpresa?
Os olhos dele caíram nos meus lábios, depois subiram devagar até meus olhos. Ele sorriu de canto. Um sorriso perigoso.
— Você é uma tentação. E isso... é bem pio