O silêncio era denso quando deixamos o vilarejo para trás. As casas de pedra e madeira tornavam-se apenas sombras distantes sob o véu da manhã cinzenta. O peso da decisão recente repousava sobre nossos ombros como uma capa invisível. Damon seguia à frente, os passos certeiros e o olhar varrendo cada centímetro da trilha tortuosa. Isabel caminhava ao seu lado, o semblante impassível apesar da palidez que lhe tomava o rosto. Lysander mantinha-se próximo a mim, a mão repousando sobre a bainha da espada presa à cintura, sempre alerta. Loran, calado como uma lápide, fechava o grupo alguns passos atrás, o olhar perdido e os punhos cerrados.
O rangido dos pergaminhos e das bolsas cheias de provisões era o único som que nos acompanhava, além das conversas baixas que vez ou outra escapavam entre Damon e Lysander, trocas rápidas de informações e estratégias. Eu me mantinha em silêncio, os olhos presos na linha do horizonte, mas sentia cada olhar que Damon lançava em minha direção — rápidos, ava