Acordei envolta por um silêncio profundo, o tipo que só a noite traz. A escuridão do quarto era cortada apenas por uma tênue luz vinda da lareira acesa, dançando preguiçosa sobre as paredes. Eu pisquei algumas vezes, sentindo o corpo ainda pesado depois da viagem e de tudo que havia acontecido. A conversa com Damon no salão ainda ecoava na minha mente — intensa, carregada de tensão.
levantei-me devagar, e foi então que o vi: um vestido preto, espalhado sobre os lençóis como uma oferenda. Era absurdamente lindo. O tecido parecia seda líquida, escuro como a meia-noite e com pequenos brilhos prateados que refletiam a luz do fogo.
— Achei que já tinha acordado. — A voz grave e profunda soou atrás de mim, arrepiando até a minha alma.
Virei a cabeça devagar. Damon estava ali. De pé, encostado na lateral da cama. Usava apenas de toalha, o peito nu.
— Há quanto tempo você está aqui? — perguntei.
— Desde que subi para o meu quarto e encontrei apenas uma cama vazia. Sem a minha mulher nela.
Mor