De repente ela se lembrou da primeira vez que vou Noah Ferraz…
Era final de novembro e depois do primeiro ano na cidade, finalmente ela tinha sido convidada para uma festa. Agora ela percebia que era inevitável que fosse acontecer, embora as crianças não gostassem muito dela e ela não tivesse muitos amigos, a influência de seus pais com certeza era um chamariz para outros pais. ~~~Flashback on~~~ — Você tá tão lindinha, meu amor – suas bochechas coraram o raro elogio de seu pai. — Falei com a Érica, ela disse que o Leandro está ansioso para vê você na festa – a mãe brincou, era óbvio que todos sabiam que ela tinha uma quedinha pelo menino. Era coisa de criança, é claro! Ela tinha só 7 anos, não poderia ser diferente. No caminho até a casa de Leandro, ela se perguntava se enfim seria chamada para a festa do pijama nas festas das meninas. Todo mundo tinha sido chamado, menos ela. Mas agora que o menino mais popular tinha convidado ela para festa, ela conseguiria ter amigos! Finalmente. E fora nessa festa que ela o viu pela primeira vez, Noah Ferraz, ela estava brigando com a mãe e o pai. Saiu da festa como uma bala. Mais tarde a mãe lhe explicará. Noah era um homem mau que fazia coisas más. E assim ela permaneceu sem contato com ele, até o ano seguinte, quando ele apareceu, sem ser convidado para a festa do irmão, e o seu pai o expulsou sem piedade. A partir daquele dia, Noah se tornou uma sombra na cidade. O filho rebelde, o criminoso, o líder da gangue de motoqueiros e arruaceiros. ~~~~Flashback off~~~~ Ela voltou das lembranças enquanto Noah falava sobre as maravilhas do bolinho que ele havia comprado. Era pra dizer o mínimo incomum, ela se sentia fora de órbita. Sua mente lhe lembrava o tempo todo, que Noah Ferraz era um criminoso, e ela precisava sair dali. — Olha, eu lhe agradeço pelo café da manhã, quer dizer da tarde, mas eu realmente preciso ir – ela disse por fim, precisa se afastar e colocar a cabeça no lugar, estava ficando louca. — O que? Já? – ele exclamou surpreso. — Eu preciso te agradecer pela ajuda da noite passada, mas você não precisa assumir a responsabilidade pelos erros do seu irmão – ela sabia que era isso, afinal todos sabiam do amor que ele tinha pelo irmão. — Você acha que é isso? – ele parecia indignado, quase que ultrajado pela dedução. — O que mais seria, Noah? Você nunca me dirigiu a palavra, nem mesmo quando eu frequentava a sua casa. — ela estava frustrada. — Olha, isso é muito estranho, eu sei! Mas eu sempre soube que você era apaixonada pelo meu irmão. Sabe? E você era uma criança — ele deu um sorriso torto, sabendo que, ela era uma criança, mas agora era uma mulher. De repente ela sentiu que a tensão aumentou, sabia que Noah era um homem com H maiusculo e se sentiu minúscula frente a ele. Será possível que estivesse doente? — Eu não era apaixonada por seu irmão — foi tudo o que conseguiu dizer, era mentira e ambos sabiam. Até os 15 anos de idade, Leandro era sua paixão. Mas agora tudo o que restava era o desprezo que sentia por ele. — Bem, não vamos falar sobre o idiota do meu irmão mais novo, por hora eu só quero tomar um café. — ele disse apontando para a mesa. Ela estava bem desconfiada, mas não se atreveu a dizer mais nada, não quando o homem que a salvou estava ali oferecendo um café, que deveria ser um café da manhã, que era sua refeição favorita. De repente, ela sentiu que estava entrando na teia de Noah, uma teia que ela não tinha pretensão de escapar.Ela ainda podia ouvir o som das risadas, a cara vermelha pela humilhação foi o que fez ela continuar, tinha que sair dali. Não! Precisava sair dali, de repente, era como se não pudesse respirar. Ela sentia dor, e era uma dor difícil de ser tratada, era uma dor na alma.Levará tanto tempo para se sentir bonita, sentir que era especial de alguma forma! Fora muito idiota, ao imaginar que alguém como Leandro Ferraz a olharia de outra forma. A olharia como mulher! Logo ele que tinha todas aquelas beldades ao seus pés, e ela totalmente fora do padrão estabelecido, tinha acreditado… como ela era burra! O intuito dele era humilhá-la e ela tinha deixado, tinha permitido aquilo.Sempre fora apaixonada por ele, toda sua vida! Desde que se reconhecia por gente. Ele foi uma presença constante na sua vida, seus pais muito ocupados para cuidar dela, a deixava sozinha com os empregados e naquela época, sendo vizinha da família Ferraz, brincava com o menino bonito… Leandro, eles tinha sido amigos quan
Parecia que ela estava em um sonho, tentava abrir os olhos, mas estes se encontravam muito pesados para abrir. A cabeça parecia que iria explodir, lembrava que tinha bebido muito, então provavelmente estava de ressaca, e pior, não sabia onde estava. A constatação de que o colchão abaixo de si parecia diferente do seu, abriu os olhos de repente, saltando na cama e se sentando, se arrependeu de imediato, voltando a cair deitada. Tentou se localizar buscando na memória se conhecia o local que estava, observou que parecia ser um quarto masculino, quase tudo em preto, inclusive os lençóis que estava deitada, olhou o espelho acima de sua cabeça e corou ao se dar conta de que era um daqueles tipos de espelhos de motel.Puta merda! Ela estava num motel? Observou em volta e respirou aliviada quando não percebeu nenhum outro elemento de motel, mas o alívio durou pouco, pois apenas um pervertido colocava um espelho no teto do quarto. Puxou o lençol e olhou para seu corpo, vestido ainda nas suas
Continuou andando, mesmo sabendo que aquele homem a seguia de perto. Não podia acreditar que tinha passado uma noite num lugar tão promíscuo quanto aquele e pior com o homem mais indecente daquele local. Trancou os dentes com raiva quando se lembrou da mulher nua, miando como gato, esperando sua 'festinha'.— Ei, Cereja — ele chamou de perto agora, pegando pelo seu braço, antes que ela pudesse escapar.— Para de me chamar assim — esbravejou, puxando o braço.— Calma, cere… quer dizer gata! Eu fiz um café da manhã pra você — ela observou que ele estava sem camisa e usava uma calça larga preta. Pelo bom senso da moda, esse cara só usava roupas pretas? Talvez ele gostasse do contraste que aquilo dava a sua pele branca e totalmente tatuada. Lembrou da única tatuagem que ela tinha e sua face perdeu cor — Ei, o que foi? — ele pareceu preocupado.— Você é um cretino — gritou furiosa. Ele pareceu se assustar um momento, mas depois abriu um sorriso de lado, achando a situação engraçada.— Isso
— Sabe Cereja, eu comprei bolinhos de morango pra você, são seus preferidos, né? — o silêncio no carro foi cortado por aquela pergunta. Confusa, ela franziu a testa tentando imaginar de onde vinha aquela informação, nunca tinha falado sobre aquilo para ninguém. Muito menos para ele, afinal não tiveram uma conversa decente desde o início. Sua intenção era fazer birra e ficar quieta, mas aquela pergunta mexeu com seu lado fuxiqueira, suspirando pensou que era muito azar que ela tivesse encontrado um homem que sabia exatamente como arrancar tudo o que queria dela.— Uhum… como você… — sua voz era fraca, ainda estava com raiva e isso era um características irritante de sua personalidade, limpou a voz e tentou novamente — Como você sabe? — perguntou petulante, cruzando os braços em sua frente numa autodefesa, não queria se mostrar vulnerável, pois era exatamente assim que se sentia perto daquele homem. Ela sentia coisas que não deveria sentir.— Eu estava na Cakes & Cookies no dia que você