O coração de Lila martelava enquanto os faróis varriam a janela do escritório. Ela enfiou freneticamente o telefone no bolso, mas não havia tempo para guardar os arquivos. Os passos de seu pai ecoaram pelo corredor da frente, chaves tilintando enquanto ele as pendurava perto da porta.

"Lila? Está em casa?"

Ela ficou congelada no meio do escritório dele, cercada por evidências de sua traição. Fotos dos Serpentes de Ferro espalhadas pela mesa. Seu telefone cheio de imagens incriminadoras. A chave reserva ainda apertada na palma suada.

"Só um segundo!" Sua voz saiu mais aguda que o normal.

Pense. Pense. Ela não podia deixá-lo encontrá-la ali. Não podia deixá-lo ver o que estava fazendo.

Ouviu-o se movendo pela casa, seus passos indo em direção à cozinha. A porta do escritório ainda estava aberta—se ele olhasse pelo corredor, a veria. Seus olhos percorreram a sala, pousando na grande janela atrás da mesa dele. Ela se abria para o quintal lateral, escondida da entrada de carros.

Movendo-se