Giovanna
— Sim.
Como prometi, aos poucos tiro as minhas mãos de debaixo do seu corpo e satisfeita, assisto-a boiando sobre as águas.
— Muito bem, Virna! — Bato palmas para ela.
***
— Quando o meu pai vai voltar para casa? — Virna inquire momentos depois, quando estamos deitadas em uma coberta sobre a grama.
— Eu não sei.
— Estou com saudades dele.
— Hum, eu também. — Faço cócegas nela. — Bom, eu escolhi uma história para o nosso piquenique. Alice no País das Maravilhas.
— Eu já ouvi falar.
— Ah é? E você quer ouvir como Alice era uma garota determinada e esperta?
— Eu quero.
— Enquanto eu conto essa história quero que se imagine dentro dela, Virna. Quero que perceba que a curiosidade e a determinação podem nos levar por caminhos diferentes. Mas o diferente nem sempre é ruim. Pronta?
Em resposta, ela fecha os seus olhos e eu começo a contar a história.
É triste pensar que limitaram os seus passos em direção ao seu futuro. Que Virna não teve o direito de escolher o que seguir ou para on