Christopher
Peguei a caixinha com a aliança e a joguei longe, tomado pela raiva de ter sido abandonado por quem disse me amar. Âmbar tinha dilacerado meu coração ao me deixar e aquele objeto que seria nosso pacto de amor eterno agora não serviria de nada.
Fiquei olhando o nada e nem ergui a cabeça para olhar na direção da porta quando ela foi aberta.
Era minha mãe a entrar em meu quarto.
— Ela foi embora? — perguntou, ao me ver no chão chorando.
Não respondi, apenas coloquei a cabeça entre as pernas e deixei as lágrimas descerem por meu rosto.
— Ela nunca te amou. — Minha mãe cuspiu as palavras que tanto ama repetir.
— É mentira, ela me ama. — sussurrei para mim mesmo, querendo que as minhas palavras pudessem se infiltrar em minha mente.
— Não ama! Cadê ela agora? Onde ela está no dia em que você iria pedi-la em casamento, hum? Ela foi embora, Christopher, ela te deixou!
— Não, não foi. — Neguei, porque aquilo era uma mentira. — Ela vai voltar, ela vai aparecer, mãe, ela vai aparecer