Christopher.
Segui gritando e quebrando tudo. Queria me libertar da dor que aquela maldita me causou. Já estava cansado, com as mãos machucadas, mas nada disso me importava.
— Filho... — ouvi a voz do meu tio, mas não consegui me importar. Queria sentir a dor física; ela era um alívio em comparação à dor da alma.
Ele me envolveu com os braços, tentando me afastar da parede, mas eu queria me machucar, queria que a dor externa fosse mais forte do que a que eu sentia por dentro.
— Por que, tio? — perguntei, chorando. — Por que ela me deixou? Por que não me amou como eu a amei? O que eu fiz para merecer isso?
— Você não fez nada, meu menino. Nada. — A tentativa de consolo dele era em vão; eu estava ferido e a dor era muito mais profunda do que qualquer ferimento físico.
— Ela dizia que me amava. Eu iria entregar o anel de noivado, já havia pedido ela em casamento, mas hoje seria oficial. — O choro queimava na minha garganta, as lágrimas caíam livres e a voz mal saía. — Seria uma noite e