Christopher.
— Cara, o que houve? Por que saiu daquela forma atrás da dançarina e me deixou aqui sem entender nada? — Brandon pergunta assim que chego perto dele, ainda com a expressão curiosa, como se tivesse perdido a melhor parte da noite.
— Pensei que a conhecia, mas me confundi. — A mentira sai com naturalidade, ainda que pesada na garganta. Era necessária. Não podia entregar minhas suspeitas, não sem antes ter certeza do que estava acontecendo.
— Ela te escolheu para transar? — A empolgação toma conta da voz dele, como um adolescente prestes a realizar uma fantasia. Ele sorri, comemora como se tivesse ganhado na loteria. — Ela é bem gostosa, com todas aquelas curvas maravilhosas.
Tento ignorar o comentário dele, mas a imagem da mascarada continua me assombrando. Havia curvas, sim, mas não era apenas isso. Era o magnetismo que ela carregava nos gestos, no mistério dos olhos escondidos atrás da máscara, no jeito como parecia dançar apenas para mim. Era como se, de repente, o mundo