DIMITRI DEVAN Assumo a direção da BMW preta e ela se põe ao meu lado no banco, fechando o cinto assim como eu.— Para onde vamos? - Pergunta após eu dar partida no carro. Já são quase meia noite e as ruas estão vazias e o céu limpo.—Johnny's Cay.— Não faço ideia de onde fica. - Sorrio com sua resposta.— É a minha ilha particular no Caribe. A comprei alguns meses atrás e como o verão começou recentemente lá, achei que seria uma boa ideia aproveitarmos a lua de mel.— Uma ilha particular...- Assente, encolhendo os ombros. — Então seremos apenas nós dois, em uma ilha deserta.—Não acho que tenha maneira melhor de se aproveitar uma lua de mel. É uma pena que possamos ficar apenas durante uma semana mas podemos voltar em outra ocasião, a casa é muito bonita, acho que vai gostar.—Vamos estar juntos, então provavelmente vou gostar e aproveitar cada minuto. E fico feliz em me livrar do clima da Rússia por alguns dias.—É um grande avanço você dizer que gostará de ter minha presença.—Eu
HANNAABRO OS OLHOS APÓS COBRIR a luz do sol com a minha mão. Tentando me acostumar com a claridade, me sento na cama. Dimitri dorme ao meu lado, então me levanto e fecho as cortinas, voltando para a cama. Ele foi melhor do que eu imaginei ontem, me fez sentir um prazer quase tortuoso, e agora quebrei mais uma promessa. E é só mais uma entre as milhares que quebrei e ainda quebrarei. Essa em específico eu sabia que havia chances de ser quebrada.Flashback—Me prometa que quando ele te beijar você vai lembrar de mim, quando ele te tocar você vai lembrar de mim, quando ele estiver dentro de você, você vai lembrar de mim. - diz, dando início aos movimentos devagar, suas investidas são fortes.—Ah...- inspiro fundo quando ele aprofunda as investidas.- Sim, eu vou sempre pensar em você, cada segundo que ele estiver ao meu lado...Eu não pensei nele. Em todo os momentos, toques, beijos, minha mente estava no lugar exato, em Dimitri. Eu amo o Mateo, o prazer que ele me dá, me agrada sua admi
HANNA01/07 Caribe, 23:25PMO mar está quase parado, as ondas são baixas e pouco barulhentas. A lua no céu faz com que uma luz pálida fique sob nossa pele enquanto ficamos sentados na areia, observando o mar e sentindo a brisa. Ele está sem camisa, o peitoral exposto um calção de banho na cor branca também.Eu jogo meu cabelo um pouco para trás, o sentindo um pouco ressecado pela água salgada e isso me faz franzir o rosto em reprovação ao toca-lo. O vestido branco está com um pouco de areia, o tecido fino tem uma fenda na perna e um generoso decote. É um momento perfeito para saber mais sobre ele vindo de sua própria boca, uma ilha deserta, a noite e com uma bela vista, lua de mel e ontem me "declarei" para o mesmo.— Por que não me matou? - Eu não olho para ele quando faço a pergunta, talvez isso torne mais fácil para ele me dizer alguma verdade.—Está sendo bem categorica. - ri nasalmente. - Eu ia te matar, tinha tratado disse com Gregory mas quando vi os resultados da investigação,
DIMITRI A OBSERVO ENCOSTADA NO convés do iate. O vento assopra seus cabelos loiros, algumas mechas batendo em seu rosto que agora está avermelhado pelo sol. Em alta velocidade vemos a ilha se afastando cada vez mais, dando fim a nossa lua de mel. Eu teria ficado mais tempo, mas não posso colocar minhas obrigações como capô para o lado apenas para me divertir, tenho uma nova reunião do conselho para apresentar a noiva do Gregory e iniciá-la na máfia como se deve.Ando até Hanna, ficando com meu corpo atrás da mesma. Inspiro seu cheiro único, vindo dele sua pele e seus pelos se arrepiam.—Vou sentir falta de ter você unicamente para mim. - murcha a expressão, se virando para me olhar e ficando presa entre meu corpo e o convés. —Teremos a vida toda para isso.—Será que vai ser o suficiente? - Arqueio a sobrancelha, exibindo um sorriso de lado. Retribuo, satisfeito que ela esteja tão entregue a mim e queira ficar ao meu lado por toda a vida. Provavelmente Salazar está no inferno, e es
DIMITRI 06/07 11:12AM, MoscouA porta do meu escritório se abre, e minha expressão se fecha ainda mais ao ver minha mãe passar pela porta, seu olhar é mórbido, e ela exala desgosto como se não fosse eu quem devesse sentir isto.—Decidiu aparecer para me dar as boas vindas, mãe?—Vim apenas porque Nádia insistiu que eu viesse lhe ver e fazer as pazes, ela notou o meu incomodo com a situação, e como disse que o Gregory contou o quão você ficou chateado, para não dizer revoltado, com o fato de eu não ter ido ao seu casamento com aquela pistoleira, eu decidi que superaria o meu orgulho e viria aqui.—Já disse para não se referir assim a minha mulher.—Como é possível que você só tenha escutado isso em meio a tudo o que eu disse de relevante? enfim, não se afete com tão pouco, isso não é nem metade do que eu penso sobre aquela moça. Que bom que se importou com a minha ausência, filho. Só se valoriza a presença de uma mãe quando ela já não está mais por perto, espero que me valorize antes
HANNAHANNA08/07 16:28PM, Moscou Observo o quadro da família de Dimitri no corredor principal, a pintura realista de traços precisos é uma ilustração de Ivana muitos anos mais jovem, a mesma em pé ao lado da cadeira do marido em uma pose imponente que me faz revirar os olhos e Dimitri quando criança. Esse quadro desagradável vai ser substituído por um muito melhor de mim - que infelizmente terá Dimitri também - e será mil vezes melhor. E ficarei ansiosa para ver a cara de Ivana quando vir que nem a sua imagem em um quadro de ouro vai permanecer nessa casa. Rio em satisfação. A maldita conseguiu se reconciliar com ele mesmo depois de tudo que fez a mim em frente a minha família, e também ter faltado no meu casamento, e não vou negar o quanto isso me alegrou. Nem para Dimitri ter uma mãe tão fácil de lidar quanto Nádia, mas o destino preferiu dar isso ao Gregory, e agora terei que dar um jeito na minha sogra, e vou pensar na melhor maneira de tirá-la do meu caminho. Não é o suficie
HANNA — Não, garçonete. Franzo o cenho. Então quer dizer que o Gregory foi procurar a esposa em um lugar inesperado... E porque está aqui? — Você é a esposa do Dimitri? Eu faço que sim com a cabeça. — Eu vim aqui ser seu problema. — Sorri. Ah, querida. Frase arriscada para começar uma conversa, mas vamos ver o que isso significa. — O que quer dizer com isso? — me mantenho no lugar, jogando uma mecha do meu cabelo para trás ao erguer o queixo. — Gregory veio aqui para falar com o Dimitri, para você me ensinar a ser uma esposa mafiosa. Rio desacreditada. Ah, era isso, pelo visto eu ando muito em alerta. — Mafiosa, assassina de aluguel e professora. — suspiro. — Você é russa? — Metade russa, a outra metade eu não sei. Meu pai sumiu antes de nascer. — O meu tentou me matar... — dou de ombros, quase me dou os parabéns por conseguir dizer isso sem rancor desta vez, estou ficando cada vez melhor na fieuma. — Você ganhou. — Ri. É, eu dificilmente perderia depois des
HANNA DEVAN11/07 09:20AM, Moscou* — Valeu. — Ele agradece o empregado que coloca suas malas para dentro. — Não sabe como fico feliz em ter você de volta. Como prometido. — Pouso as duas mãos em seus ombros, olhando-o com doçura. Finalmente tenho ele para mim de novo, algo que tanto sonhei em todos esses meses. — Eu também senti saudades. — Ele me abraça com força, como se estivesse segurando um motivo para sua própria vida. — Vamos subir, assim posso te ajudar a se acomodar... — Tudo bem. Fazemos o caminho para o quarto que designei como dele, em silêncio. É no corredor da direção oposta ao meu quarto com Dimitri. Fecho a porta atrás de mim quando entramos, deixando minhas costas apoiadas na mesma. — O que disse a sua mãe? — Disse que você pediu para eu vir, ela surtou... — Faz uma expressão nostálgica, e isso já me faz imaginar a cena. Naquela casa tudo é motivo de guerra e eu sempre gostei disso. — Seu pai até que gostou, me mandou ficar de olho em você. Meu pai tev