Depois do café compartilhado na cama, a bandeja já havia sido colocada de lado, e o quarto mergulhava em um silêncio íntimo. A luz do sol filtrava-se suavemente pelas cortinas, deixando o ambiente envolto em tons dourados.
Fernando observava Isadora em silêncio. Ela falava algo sobre as roupinhas de Esperança, mas ele não ouvia as palavras… só via os traços suaves do rosto dela, o modo como seus olhos brilhavam mesmo com noites mal dormidas, e a curva da barriga que carregava a filha deles.
Deitou-se novamente, puxando-a com delicadeza para o seu peito.
— "Amor..." — ele disse, sua voz baixa e quente contra o ouvido dela. — "Hoje eu não quero sair da cama. Não quero sair de você."
Ela riu, tentando disfarçar o arrepio que percorreu sua espinha.
— "Fernando... eu tô de quase nove meses, lembra?"
Ele deslizou os dedos por sua cintura com leveza.
— "Por isso mesmo. Quero sentir você. Com calma. Com cuidado. Te amar do jeito que só a gente entende. Lento. Gostoso. Nosso."
Isadora se virou