Já era final de tarde quando Fernando chegou em casa. O céu exibia tons dourados e alaranjados, anunciando que mais um dia estava se encerrando. O carro cruzou os portões da mansão, e ele permaneceu por alguns segundos parado no banco do motorista, observando o jardim com as flores que Isadora tanto amava. Seus dedos tamborilavam no volante. Por dentro, a tensão o corroía. Mas por fora… ele precisava estar inteiro.
Por elas.
Ao entrar, o som suave da risada de Isadora veio como um bálsamo. Ela estava no sofá, vestida com um vestido leve e confortável, os pés apoiados em uma almofada e um livro aberto no colo. Esperança se mexia no ventre com frequência, o que a fazia rir sozinha e, ao mesmo tempo, conversar com a filha com doçura.
— “Minha menina tá agitada hoje, viu?” — disse ela, olhando para a barriga e acariciando devagar.
Quando viu Fernando, o sorriso se abriu ainda mais.
— “Você chegou! Estava com saudades…”
Ele sorriu de volta, caminhando até ela, se agachando à frente da barr