A suíte em Roma estava silenciosa, envolta por uma luz suave que filtrava pelas cortinas translúcidas. Já passava da meia-noite, e a cidade eterna pulsava ao longe, indiferente aos segredos que a noite guardava. Dentro da suíte, o clima era outro — intimidade, confiança, e tensão velada.
Fernando estava deitado de lado, com Isadora aninhada em seu braço, os cabelos dela espalhados no peito dele. A mão dele traçava lentamente círculos sobre a barriga levemente arredondada dela, onde crescia sua filha. Era uma carícia protetora, mas distraída. A mente dele estava em guerra.
— Donatella é uma víbora, mas não burra — murmurou Isadora, com o rosto encostado ao ombro dele. — Não acho que ela esteja por trás... mas poderia saber quem está.
Fernando concordou com um leve movimento da cabeça, a mandíbula cerrada.
— Alessandro está tentando manter o controle, mas eu vi. Os homens dele estavam inquietos. Marcello foi ousado demais. Só um idiota ou um culpado tenta deslegitimar minha presença des