Ainda abraçados, com os vestígios de sorvete no canto do lençol e o silêncio cúmplice envolvendo o quarto, Fernando acariciava as costas de Isadora com a ponta dos dedos. Ela repousava o rosto contra o peito dele, ouvindo o coração que batia calmo, firme, só para ela.
Ele quebrou o silêncio com a voz grave e baixa, como uma promessa sussurrada na escuridão:
— Cada desejo seu, Isadora… cada vontade, por mais pequena ou estranha que pareça… eu vou realizar. Porque quando eu faço isso, não é só por você. É pela nossa filha. Pela mulher que eu amo. E amar você… é o que faz tudo nessa vida valer a pena.
Isadora levantou o rosto devagar, o olhar úmido e cheio de emoção. Encostou a testa na dele e o encarou fundo, como se quisesse gravar aquela declaração dentro da alma.
— Eu te amo, Fernando. Você é tudo. Meu homem, meu refúgio, meu lar.
Ela o beijou com suavidade. Um beijo que não pedia nada — apenas entregava. E ele correspondeu, puxando-a mais para perto, como se ainda fosse pouco tê-la t