A água começou a correr da ducha, quente como os corpos que ainda ardiam de desejo. Fernando se aproximou pelas costas, envolveu a cintura de Isadora com os braços e pousou os lábios em sua nuca úmida.
— Agora... — ele murmurou, com a voz grave, colada ao ouvido dela — eu vou te amar de novo. Aqui. Onde a água não vai lavar nada, só espalhar o que sentimos.
Ela estremeceu. E sem abrir os olhos, apenas assentiu com um leve mover de cabeça. O corpo já não era mais dela — era deles.
Fernando deslizou os dedos pela curva da barriga dela, onde crescia o bem mais precioso que tinham. E continuava narrando, com uma devoção quase religiosa:
— Vou beijar aqui, onde mora a nossa vida... e depois descer por você como se cada gota da sua pele fosse sagrada.
Ela arqueou o corpo contra ele, e o vapor agora se misturava ao calor da respiração ofegante dos dois. Ele a virou lentamente, e a beijou com a boca inteira — uma fusão de carinho e posse.
— Você sente? — ele sussurrou. — Tudo que eu sou, tudo