A luz do fim da tarde filtrava-se pelas cortinas claras do quarto, banhando Isadora e Fernando num brilho dourado e suave. Ainda entrelaçados, ambos se demoravam em carícias e olhares silenciosos. Fernando traçava desenhos invisíveis na pele da esposa com as pontas dos dedos, e Isadora, com um sorriso tranquilo nos lábios, se aninhava no peito dele, escutando as batidas do coração que, agora, eram também a música do lar.
— Se você continuar me olhando assim, vou acabar fazendo você se atrasar pro jantar... — ela brincou, erguendo o rosto para ele com um brilho de malícia nos olhos.
— Eu sou o responsável pelo jantar — Fernando respondeu, piscando — e se for pra me atrasar por você... queimar a comida parece um bom motivo.
Ela riu, se levantando da cama envolta apenas nos lençóis. Fernando a olhou como quem vê uma obra-prima em movimento.
Mais tarde naquela noite, Fernando havia pedido para a equipe da casa preparar um jantar à luz de velas, sob o parreiral iluminado no jardim interno d