Narrado por Savannah
A consciência retornou lentamente, como uma névoa que se dissipa. Meus olhos se abriram para a escuridão do quarto, e por um momento desorientador, não consegui discernir onde estava. A confusão logo deu lugar a uma dor latejante que pulsava em minha têmpora, acompanhada por um desconforto generalizado que parecia se espalhar por cada centímetro do meu corpo.
Aos poucos, as lembranças da queda do cavalo emergiram das profundezas da minha mente. Tentei me mover, mas uma onda de dor aguda percorreu meu lado direito, arrancando um gemido involuntário dos meus lábios ressecados.
Do outro lado do quarto, ouvi o rangido característico de um sofá. Meu olhar instintivamente buscou a origem do som e, mesmo na penumbra, reconheci a silhueta inconfundível de Ryder. Ele estava deitado, os braços musculosos cruzados sobre o peito largo, a cabeça ligeiramente inclinada para o lado em um ângulo que certamente lhe causaria dores ao acordar.
Era uma visão quase surreal vê-lo assim