CAPÍTULO 15
Riley Collins
Foi só virar o rosto pra me ajeitar no espelho de vidro escuro que percebi o reflexo no alto da parede: uma câmera.
— Ótimo… — murmurei, mas sem me abalar.
Eu já tinha lidado com aquele tipo de vigilância na cadeia quando dava merda e uma de nós feria alguém lá dentro.
Então sorri de lado, caminhei até um pequeno interruptor escondido no rodapé e pressionei com o salto do sapato. A luz piscou. Imagem congelada, e pronto. Câmera muda.
Fácil.
Voltei a andar pelo espaço com o mesmo salto firme. Joguei outra provocação:
— Você está sempre tentando controlar tudo, Jackson. Só que no fim, Luca é quem assinou o papel certo, não foi? Ele está casado. Tem o nome dele no testamento.
Eu me afastei, triunfante, até ouvir passos pesados às minhas costas.
— Que diabos você está fazendo aqui sozinha? Com ele?
A voz de Luca me atingiu como uma pedra.
Virei lentamente, encontrando os olhos dele que parecia feito de aço. O maxilar travado, o olhar furioso.
— Acertando contas.