Vitória estava caída no chão, o rosto tomado pelo pânico, gritando de dor enquanto apertava a barriga com as duas mãos.
E eu vi claramente o sangue escorrendo devagar entre as pernas dela.
Na mesma hora, puxei o celular e liguei para a emergência.
As pessoas ao redor, percebendo a gravidade, abriram espaço.
Era uma questão de vida. Por pior que fosse o que havia entre nós, eu jamais deixaria alguém naquela situação sem ajuda.
Ainda mais com tanta gente olhando.
Quando os socorristas chegaram e a colocaram na ambulância, pedi para que Otávio fosse sozinho receber o prêmio.
Insisti várias vezes até ele concordar em não ir comigo.
No meio de um dia tão feliz pra ele, aquilo tudo tinha sido um choque. E isso me deixou mal.
Otávio percebeu, e tentou me tranquilizar:
— Isso não é culpa sua. Ela procurou por isso. Fica tranquila. Assim que eu terminar aqui, vou te encontrar.
Assenti, agradecida, e já dentro da ambulância, disquei o número de Thales.
O telefone tocou algumas vezes antes de ele