Meu olhar se voltou para Thales, espantado.
Até o médico, que já estava acostumado a lidar com todo tipo de situação, pareceu perder a paciência. Ele arrancou a mão de Thales do jaleco com um puxão seco e disparou, irritado:
— Para de falar besteira!
Sem esperar resposta, voltou para dentro da sala de cirurgia.
Ele só tinha saído mesmo pra comunicar a gravidade do quadro.
Thales, então, começou a esmurrar a porta com força, completamente descontrolado.
— Salvem o bebê! Vocês ouviram? Salvem a criança!
Fiquei olhando pra aquela cena, perplexa, e perguntei:
— Você tem mestrado, não tem? Como pode não saber nem o básico? Pela lei, o certo é priorizar a mãe, não importa o quanto você insista.
Thales congelou por um segundo. Depois se virou pra mim com um olhar que ele achava ser cheio de ternura.
— Você não gosta da Vitória, certo? Se a gente só ficar com o bebê e deixar ele com você, isso não te daria mais segurança?
— E se for filho seu que você quiser, é simples é só a gente casar. Você