Assim que cheguei, os amigos do Otávio começaram a zoar, sem perder tempo:
— Eita! Até que enfim trouxe a namorada, hein! Ficava escondendo da gente!
Um dos mais atrevidos estendeu a mão pra mim, rindo com a maior cara de pau:
— Muito prazer, namorada do Otá!
No segundo seguinte, a mão dele foi estapeada pra longe por Otávio.
— Para com isso, pô! Tá maluco? — Ele empurrou o amigo, fazendo escândalo. — Ainda nem consegui conquistar ela!
Entre empurrões e risadas, Otávio brincava com os amigos, mas o olhar dele nunca saía de mim.
Me seguia em silêncio, cheio de brilho.
Era uma intensidade que eu nunca tinha vivido.
E, curiosamente, achei tudo aquilo novo. Quase divertido.
Sentei num canto, sozinha, e fiquei assistindo às corridas.
Quando o céu escureceu e a brincadeira foi se acalmando, percebi que ele ainda não tinha voltado.
Olhei em volta, procurando.
Mas antes que eu pudesse perguntar, uma dúzia de lírios brancos surgiu bem diante dos meus olhos.
Atrás das flores, Otávio sorria de or