— Perfeito! Aqui estão seus passaportes — disse ele, com a voz firme e satisfeita.
— Como sabia que eu iria, senhor? — perguntei, com um leve sorriso de desconfiança.
— Como esposa, presumi que viria conosco — respondeu, olhando-me como se aquilo fosse óbvio.
Sorri de volta, vencida pela lógica do afeto.
— Pensou muito bem.
— Senhora, se puder assinar este documento... — estendeu-me a pasta elegante. — Afinal, a empresa precisará de uma nova chefe na presidência.
— Eu? Mas... não entendo nada de tecnologia. Sou apenas uma jornalista — murmurei, confusa. Antes que eu terminasse a frase, meu marido me interrompeu:
— Querida, já está na hora de assumir o seu papel.
— Tempos atrás, eu disse que não queria nenhuma parte das ações...
— Eu me lembro. Mas agora... preciso de você ao meu lado, nos negócios e na vida.
Levei as mãos ao rosto, tomada por uma mistura de nervosismo e carinho. Em seguida, abracei-o, rendida. Concordei com um aceno tímido. Os rapazes ao redor comemoraram como se fosse