Mesmo não reconhecendo o amor . O amor faz efeitos viciantes ,ele rouba e mata . O vício é tão forte que seus efeitos colaterais é com pulsante .( Anny Beltron) Era primavera na manhã de terça feira, o dia estava completamente florido . O cheiro das flores exalava pela a cidade. Anny acordava à mesma hora às cinco e meia da manhã, deixando a mesa exposta para o café da manhã, quando o seu marido acorda às sete. Anny era uma jornalista eficiente, do jornal O GLOBO. Anny se arrumava e se olhava todos os dias para o espelho, seus olhos azuis dilatados dava o seu charme cativante, seu cabelo loiro dizia que era uma mulher atraente. Ela chamava a atenção por onde passava ,seu corpo violão desenhava em suas roupas femininas. Seu rosto estava exausto pela a rotina diária ,com seu bom humor arrumava as suas coisas e saia pelo o calçadão da Inglaterra, para mais um dia de trabalho Antes de pegar um táxi, Anny percebeu algo estranho em um garoto na faixa de pedestres, como se ele quisess
— Que diabos esse homem quer? Casamento é algo sério, penso que é para a vida toda. Continuei a ler e, no final da folha, vi: “Não me apaixono! Durante dois anos de contrato, fará o que eu decidir.” “Aliás, mesmo não fazendo o meu tipo de mulher, estou propondo este casamento pelos murmúrios da sociedade.” Sorri e arregalei os olhos. — Ele está brincando comigo? O que ele pensa que é?Me arrumei e fui até a casa dele, decidida a enfiar aqueles papéis na cara dele. Chegando lá, ele estava sem camisa, apenas com uma toalha na cintura. Cobri meus olhos com as mãos. Ele olhou seriamente e disse:— Deixe de ser frescurenta. Entra e seja breve.Entrei e percebi que ele era rico demais para o meu gosto. Romeu me serviu um uísque com gelo e limão. Peguei e bebi de uma vez só, pela coragem que me faltava. Com sua grosseria, ele murmurou:— O que faz aqui na minha casa? Estou esperando. Não fique aí em silêncio.— Vim lhe perguntar o que significa contrato de casamento para você?Ele bebeu um go
Romeu me puxou novamente para sair da empresa. Ele não parava de me olhar. Desviei o olhar, observando a rua de cada lado. Ele abriu a porta do carro — ao menos tinha bom senso de cavalheirismo. Entrei, ajeitei-me no banco e tentei colocar o cinto de segurança, mas estava emperrado. Romeu suspirou e me ajudou. Naquele momento, ele não parecia tão frio. Mostrou um lado que eu ainda não conhecia.Os olhares dele estavam diferentes, quase sorridentes. Eu estava prestes a agradecer quando o telefone tocou. O rosto dele mudou completamente, transbordando ódio. Aquele homem era um completo mistério. Ele murmurou baixinho:— Deixarei você em casa, e eu sairei novamente. Chegarei tarde.Ele falou com tanta naturalidade, como se dar satisfação a uma estranha — que agora era sua esposa — fosse algo raro. Romeu parou o carro para eu descer, entregou-me uma cópia da chave e olhou nos meus olhos, assustado. Algo estava errado. Mil pensamentos cruzaram minha mente. Aquilo não parecia fazer parte da
Quase chorei com as palavras dele. Não fui capaz de me mexer. Romeu Goz é tão misterioso que chegou ao ponto de fugir dos próprios caminhos. Estava apenas começando a sentir o peso da solidão.Na manhã seguinte, acordei no sofá com o pescoço dolorido de tão duro que estava. Me estiquei com força e percebi que Romeu me observava, desviando o olhar logo em seguida e voltando a ler o jornal. Ele estava sem camisa. Olhei para o relógio: eram 7h30 da manhã. Fui até o closet e peguei uma camisa social azul, um terno preto e uma gravata cinza. Deixei tudo disposto em cima da cama. Abri a gaveta para pegar um de seus relógios importados. Fiquei parada em frente ao espelho e pensei: Como alguém pode ser tão rude consigo mesmo? Ele não me pareceu tão ruim assim. Eu, como mulher, preciso de mais do que brincar de casinha. Romeu, com aquele hábito de levar a mão à boca para morder os lábios, me deixou confusa. Nunca vai me enxergar como mulher. Fui boba por aceitar esse casamento. Fui infantil. Ve
Ouvi uma voz familiar: — O que faz na chuva, minha esposa?Romeu chegou naquele lugar me assustando — não esperava pela presença dele. Respondi sem rodeios: — Esbarrei em Oscar. Estava distraída, ele estava apenas pedindo desculpas pelo esbarrão. Vamos, Romeu.Ele me levou até o jornal. Pedi suavemente: — Pode ajeitar o guarda-chuva?Ele se ajeitou, colocando sua mão na minha cintura. Olhou para mim com um jeito delicado e doce. Arrumou o meu xale, que estava em volta do meu pescoço, e sussurrou: — Não quero que você se aproxime daquele idiota, está me entendendo, Anny?Fiquei surpresa com aquele pedido. Não conhecia bem aquele homem e não entendia o motivo de tanta aversão ao senhor Oscar.— Sim, Romeu. Como você quiser. Mas… o que ele fez pra você?— Ele é meu inimigo desde a faculdade. Trabalhamos juntos num evento para uma empresa de telefonia. O pai dele o colocou como encarregado, e eu tenho que aturá-lo até o fim do contrato — mais dois anos. O que eu pedi é uma ordem!— Est
— Tem muito. Eu não dei permissão para você me chamar pelo meu segundo nome. Vá se trocar, está me tirando do sério!— Seu babaca, me solta! Você não sabe o que é sentir prazer!Saí da sala subindo as escadas nua. Romeu me seguiu e me puxou fortemente pelo braço, me beijando com fúria e desejo. Eu sabia que ele estava lutando por tudo o que desejava. Beijei de volta, sentindo o calor do corpo dele no meu; sua boca na minha me deixava ainda mais excitada. Ele murmurou, depois de me empurrar após o beijo:— Na próxima vez, menina, não me provoque.Segurei no pescoço dele e o beijei novamente, de novo e de novo. Ele me levou até o quarto e disse:— Vista-se, Anny, como uma senhora Goz. Seja breve. Estarei esperando lá embaixo.Entrei no quarto, abri o guarda-roupa e peguei uma camisa social branca e uma saia preta. Prendi o cabelo em um coque. Antes de sair do quarto, calcei um salto preto e fechei a porta. Estava nervosa. Desci as escadas — meu marido me aguardava. Peguei na mão que ele
— Por isso que o Oscar te odeia tanto, por causa da morte da Katarina. Que babaca.— Não quero falar mais sobre isso. — Ele se levantou do sofá, ficou parado em frente à janela, com as mãos no bolso. Estava chorando. Foi a primeira vez que o vi tão vulnerável. Aproximei-me, fiquei atrás dele e o abracei fortemente, sentindo o calor do seu corpo. Me surpreendi com o toque de suas mãos sobre as minhas. Ficamos um bom tempo assim, agarrados em silêncio. Fui até a frente dele, fazendo-o sorrir. Romeu era lindo e atraente. Seu jeito frágil estava me conquistando, e isso me fazia querer ainda mais cuidar dele. Sussurrei:— Vamos até o seu quarto. Preparei um banho para você relaxar. Deixa eu cuidar de você? Uma coisa boa que aconteceu hoje foi que você me deixou te tocar, depois de meses de casados. Hoje mais cedo me deixou retribuir seu beijo...Ele pegou na minha mão, me guiando até o quarto. Me deixei levar pela emoção. Romeu abriu a porta, entrei um pouco assustada — nunca tinha ficado s
— Anny?— Vai ver se eu estou na esquina. Você não merece que eu te ouça.Saí correndo do quarto dele, sem ao menos deixá-lo explicar. Peguei minha bolsa e resolvi sair por aí, tomar um ar. Eu precisava esquecer, pelo menos por um momento.Romeu ficou sem entender. Vestiu suas roupas rapidamente e saiu correndo atrás de mim. Estava assustado. Pela primeira vez, sentia medo. Naquela noite, a avenida estava movimentada. Romeu procurou por todos os lugares, em todos os bares. Enquanto dirigia, pensava:“Por Deus, onde está essa mulher? Se acontecer alguma coisa com ela, eu nunca me perdoarei!”O celular tocou. Era o motorista, Hugo.— Diga?— Senhor, sua esposa está na empresa HOPPY.— Ok. Não saia daí até eu chegar. Não tire os olhos dela.— Certo, patrão.— Anny, Anny... O que eu farei com você?Romeu deu meia-volta, indo direto para a empresa. A velocidade estava a 100 por hora. Os pneus deslizavam pela pista, sem dó nem piedade. Ao chegar, deu a ordem para Hugo voltar para casa — ele