— Deite-se na cama, você deve estar exausta — disse Romeu, com a voz suave.
— Que cara é essa, Romeu? — perguntei, notando seu semblante pesado.
— Recebi um SMS do coordenador da ANVIS — respondeu ele, enquanto tirava os lençóis da cama. Deitou-se ao meu lado sem dizer mais nada.
Não hesitei. Meu corpo clamava por descanso. Me deixei levar, e Romeu me envolveu com os braços, como se quisesse me proteger do mundo. Aninhada em seu peito, adormeci em minutos.
Romeu, ainda acordado, retirou a camisa. Seus olhos repousaram em mim, observando cada detalhe como se fosse a última vez. Acariciou suavemente meu rosto.
— Minha bela mulher... você nem imagina o medo que tenho de te perder — sussurrou, com um nó na garganta.
Levantou-se devagar para não me acordar e caminhou até a sacada do hotel. A noite estava limpa. A lua prateada iluminava a cidade, trazendo uma falsa paz.
Seu celular tocou.
— Diga, mamãe.
— Pode ficar tranquilo, filho. Está tudo sob controle... mas descobri algo que você preci