— Por Deus, esse senso de pervertimento não acaba, não.
— Não mesmo. E pare de ser tímida.
— Tímida, eu?
— Hã... sim, você é.
Romeu estava exausto. Tirava sua roupa de gala, colocando a de dormir. Sorri, achando engraçadas as estampas de unicórnio. Ele se jogou na cama, enrolando-se nos lençóis de seda azul. Olhei para o meu marido, largado ali, à vontade. Meu desejo fluía em minha pele. Deitei ao seu lado, sentindo seu suspiro abafado e quente. Seus olhos cerrados faziam minhas pupilas dilatarem. Eu suspirava, torcendo para que ele percebesse que eu precisava de mais amor.
Mesmo sem perceber, meu marido me abraçou fortemente, aconchegando-me em seus braços. Deixei-me levar naquele calor.
— Anny?
— Hum?
— Como você viveu todo esse tempo sem mim? – perguntou Romeu, pela escuridão do quarto.
Não demorei a responder.
— Sofri tanto, a ponto de enlouquecer. Não sou de beber, mas mesmo assim saía de bar em bar para te esquecer...
— Eu sabia que estava fazendo isso. Por isso mandei Hugo te se