Alguns minutos depois, todos estamos sentados ao redor da mesa, comendo em um silêncio que para mim é desconfortável, mas que Okan parece não se importar. Talvez seus costumes o façam enxergar isso de outra maneira. Meu pai mantém uma postura distante, embora não hostil, enquanto minha mãe, mesmo querendo agradar, evita fazê-lo abertamente, provavelmente para não causar desavenças mais tarde.
Quando o café chega ao fim, convido Okan para a sala novamente. Sentamos lado a lado no sofá, mas com um leve desconforto. Minha mãe, ainda terminando de arrumar a mesa, nos lança olhares frequentes. Quando meu pai finalmente pede licença e se retira, sinto um peso sair de meus ombros.
Okan pega minha mão, seus dedos quentes contra os meus, e a beija suavemente. Seus olhos estão fixos no meu rosto, ternos e brilhantes.
—Estou feliz. Finalmente, me sinto feliz.
Não consigo responder; ainda é cedo para abrir meu coração.
—E Kayra? Como ela reagiu ao saber de nós?
Seu sorriso vacila por um instante,