Mundo de ficçãoIniciar sessãoCapítulo 2
Theresa acordou com uma terrível dor de cabeça que era consequência da bebedeira da noite anterior, se sentou na cama fazendo uma careta incomodada com a claridade que entrava pela janela. Ela se lembrava de pouca coisa, ela entrou em um boate para beber e se divertir um pouco até que um homem bonitão, que não se recordava de quem era, a levou para casa, mas como ele sabia onde ela morava se ela não lhe disse seu endereço? Essa era uma questão que nesse momento não tinha ânimo nem condições para responder. Depois de ir ao banheiro e fazer suas necessidades saiu de seu quarto, entretanto o cheiro de café da manhã que invadiu suas narinas sem permissão atiçou seu estomago faminto. Com curiosidade latente, segui para a cozinha e qual não foi a sua surpresa ao se deparar com Hector de costas, sem camisa e com o s seus músculos aparentes, a calça Jeans pendia frouxa em sua cintura, a cena a excitou instantaneamente. “Droga!” Theresa pensou, passando a língua pelos lábios ressequidos. — Vai ficar aí parada? — Ele perguntou com sua voz rouca e baritona, sem ao menos se virar para encara-la. Theresa na respondeu, puxou uma baqueta de plástico seco e se acomodou nela. O silêncio incômodo que se seguiu só era quebrado pela respiração pesada de ambos. — Theresa, qual foi o motivo de você ter ido a minha boate ontem? — Hector preto com acucar em sua frente, enquanto apoia a os cotovelos na bancada fazendo com que seus músculos saltassem aos olhos dela. — Para me divertir, oras. — Ela respondeu um tanto evasiva, não queria contar ao melhor amigo de seu pai que pegou seu ex-noivo a traindo. Ele anuiu em concordância, contudo o olhar que ele lançava em Theresa lhe dizia o contrario. Ela percebeu que havia preocupação escondida em seu olhar. — E o que te trás aqui, Hector? — Eu quem te trouxe para casa, Theresa — Ele respondeu tranquilamente. Eles ficaram se olhando por alguns minutos, cada um analisando um ao outro em um silêncio cômodo, entretanto esse silencio foi interrompido pelo som estridente da campainha. — Deixe que eu atendo. — Hector disse autoritário. Hector seguiu para a porta de entrada do apartamento, ele não se preocupou por estar sem camisa, muito menos por estar na casa de uma jovem daquela maneira. Não se deu ao trabalho de olhar no olho mágico da porta que estava do outro lado, abriu a porta da comum puxão rápido. Para nenhuma surpresa dele, quem esperava a porta ser aberta era Ryan, o noivo de Theresa. Hector o encarou se perguntando o que aquele cara estaria fazendo ali. — Cadê a Theresa? — Ryan perguntou ríspido tentando empurrar a porta para que tenha passagem para entrar no apartamento, o que foi inútil pois Hector tinha o dobro da força dele. — Ela não está em casa. Ryan o olhou com incredulidade. — Então o que você está fazendo aqui? — Não é dá sua conta, Ryan. — Eu sei que ela tá aí dentro... — Ele disse furioso, tentando novamente empurrar a porta inutilmente — e você deve ser o amante dela, né? Hector percebeu o que ele queria fazer, então logo lhe disse: — Vou ser direto no assunto, Ryan, Theresa não quer te ver nem pintado de ouro, se faz um favor e desapareça do mapa. Ryan bufou em descontentamento virou as costas para Hector e resmungou: — Isso não vai ficar assim. Hector o ignorou, fechou a porta e seguiu para a cozinha. Theresa estava sentada no mesmo lugar, seus olhos lacrimejados de um choro não derramado, ele a observou com ternura na tentativa de identificar o que aconteceu no dia anterior, mas ele tinha certeza que o que quer que tivesse acontecido tinha haver com Ryan. — Eu... não estou mais noiva do Ryan. — Theresa disse como se fosse a notícia mais normal do mundo. — Porque? — Hector perguntou se aproximando cada vez mais dela. — Porque ele estava me traindo com sabe se lá quem. — Ela respondeu sem alterar o tom de voz. — E como você descobriu? — Peguei ele recebendo um boquete da puta com quem ele estava me traindo. — Então foi por isso que ontem a noite você estava na boate. — Ele afirmou. Theresa anuiu em concordância mesmo sabendo que aquilo não se tratava de uma pergunta. — Obrigada por não o deixar entrar e o expulsar daqui. — Não precisa agradecer, Anjinha. — Hector disse sereno, não se importando com a última palavra que deixou escapar. Ela arregalou os olhos surpresa com o jeito que ele a chamou. Eles passaram a manhã entre conversas sobre amenidades, Hector não parava de a observar, enquanto Theresa lhe contava seu dia a dia na faculdade que cursava. Ele podia até ser chamado de besta apaixonado agora que não ligaria a mínima. O que mais queria era saber tudo sobre aquela jovem, e se para saber teria que escuta-la a manhã inteira, ele não se importava nenhum pouco. “Puta merda! A cada hora que passa me sinto mais atraído por Theresa.” Pensou observando os olhos cor de mel dela. — Você deve estar cansado de me ouvir... — Não estou. Podia te ouvir o dia inteiro e não me cansaria. — Ele a interrompeu, seus olhos fixos nos dela, transmitindo confiança. Ela se surpreendeu com isso, ninguém nunca tinha lhe dito aquilo. Desviou o olhar momentaneamente envergonhada, mas mesmo assim continuou a contar o acontecimento de semanas atrás que tinha interrompido na metade. Hector se levantou seguindo para o outro lado da cozinha, Theresa estranhou e perguntou: — O que vai fazer? — Algo para comermos. — ele respondeu simplesmente. — Pode ficar aí e continuar a contar o que estava me contando. — Mas você não quer que eu te ajudo? — Você sabe cozinhar? — Não sei. — Então fique aí e me observe. — Ele disse dando um sorriso de canto que fez borboletas voarem no estômago dela. Ele começou a preparar um strogonoff de frango, enquanto Theresa o observava com desejo aparente em sua face. Ela nunca pensou que sentiria desejo por Hector, mas ali estava suspirando e quase se atirando nos braços do amigo do seu pai.






