Capítulo 37
Hector dirigia com uma concentração feroz, os seus nós dos dedos brancos no volante. A fachada de tranquilidade que eles haviam mantido na praia desmoronara assim que entraram no carro. Agora, restava apenas a tensão crua da realidade que os aguardava.
— Precisa de ir direto para casa — disse Hector, a sua voz soando estranhamente alta no ambiente quieto do carro. — Não vamos ao hospital, não vamos a lugar nenhum. Até eu perceber o que se está acontecendo.
Theresa virou a cabeça para ele, uma pontada de dor no peito.
— Mas o meu pai… preciso de vê-lo. Preciso de saber como ele está.
— Eu sei. E vai saber. Mas não hoje. Hoje, a prioridade é a sua segurança.
A sugestão fez Theresa estremecer. Ela não tinha pensado nisso, mas concordou com um aceno de cabeça.
— E você? O que vai fazer?
— Vou te levar para casa, me certificar de que está tudo seguro. Depois, tenho algumas coisas para serem resolvidas. Preciso ouvir outras versões da história. A versão oficial