Capítulo 10 — Theresa... — ele sussurrou, e seu nome soou como um aviso e uma prece ao mesmo tempo. Um último apelo à razão que rapidamente se dissipava. — Hector... — ela respondeu, e não era um pedido de parada. Era um convite. Um consentimento silencioso e poderoso. Foi a deixa que sua carne, não sua mente, estava esperando. Hector se inclinou para frente. Lentamente, dando a ela e a si mesmo, toda a chance de recuar. Mas Theresa não recuou. Pelo contrário, ela se inclinou para encontrá-lo, seus olhos fechando-se em antecipação. Seus lábios estavam a um fio de cabelo de se tocarem. O mundo externo, o jazz, o cheiro das velas, a cidade lá fora, desapareceu. Tudo se reduziu àquele espaço minúsculo entre suas bocas, ao calor compartilhado, à respiração ofegante que se misturava. Ele podia quase saboreá-la, o sabor doce do vinho e algo que era intrinsecamente ela. E então, no exato momento em que seus lábios iriam finalmente se encontrar, a mente de Hector, traiçoeira e leal, pro
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